domingo, 14 de novembro de 2010

Mais do que adaptados. Acessíveis!

Salões de beleza adaptados para receber portadores de deficiências físico-motoras são exemplos de cidadania

Normalmente, a ida ao salão de beleza costuma ser muito prazerosa. Os cabelos são bem tratados, o visual é repaginado e a autoestima fica lá em cima. Mas uma atividade tão comum para a maioria das pessoas pode ser um verdadeiro desafio para deficientes visuais e físico-motores, já que poucos salões têm rampa de acesso e sanitários adaptados para atender à necessidade de 14,5% da população brasileira, de acordo com o Censo de 2000.

“Não há uma lei específica que exija adaptações de salões de beleza, mas a Norma NBR 9050/2004 apresenta parâmetros para modificar qualquer local”, explica Thais Frota, arquiteta especializada em acessibilidade. Essa norma delimita parâmetros para acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos e pode ser de grande ajuda no momento de fazer reformas no ambiente. “Não temos um grande público de deficientes, mas modificamos o espaço porque priorizamos o conforto. Facilitamos os acessos, retiramos obstáculos à locomoção e nivelamos o piso”, exemplifica João Pedro Hilário, sócio-proprietário do Salão Blue Beauty.

E quem pensa que não é preciso se preocupar com o mobiliário está enganado. Os móveis podem ser feitos sob medida e é necessário ter um cuidado especial com o lavatório, que não deve ter assento, para possibilitar o encaixe da cadeira de rodas e evitar o desconforto de transferência do cliente.

por Juliane Pereira (Revista Cabeleireiros.com)
foto: Divulgação

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