sábado, 26 de novembro de 2011

Os perigos da vaidade precoce de crianças e adolescentes


A vaidade do brasileiro está cada vez maior e mais precoce. Qual mãe, por exemplo, nunca se deparou com a filha observando os seus movimentos na hora de aplicar uma maquiagem ou presenciou a cena de uma criança passando esmaltes na boneca?

O uso de cosméticos pode ser muito perigoso se não for feito sob alguns cuidados. Embora os produtos para as crianças passem por mais testes e por uma maior fiscalização do Ministério da Saúde, há algumas recomendações que precisam ser seguidas. “A criança tem a pele mais sensível, vulnerável a alguns componentes. Por isso, é importante escolher produtos adequados para cada faixa etária e ler as recomendações do fabricante antes de utilizá-los”, explica Maurício Pupo, professor de cosmetologia e diretor do IPUPO, Consultoria em Desenvolvimento Cosmético.

Os sabonetes infantis, por exemplo, têm o pH mais próximo ao da pele. Mas não é só porque tem no rótulo a palavra infantil, que o cosmético está liberado. Hidratantes, sejam específicos para crianças ou não, devem ser usados com recomendação médica. “Dificilmente os neutros causam alguma reação alérgica. Entretanto, quando se trata de bebês e crianças, que têm imunidade mais baixa e pele sensível, o risco de reação é maior. Portanto, é essencial conhecer cada ingrediente da composição do produto”, diz Pupo.

Escolha o cosmético correto


A melhor alternativa na hora de comprar cosméticos para crianças é optar pelos hipoalergênicos, que contêm menos conservantes e costumam não ter perfumes e álcool. Outro fator que merece atenção é o registro do Ministério da Saúde na embalagem.

Há cerca de 4.800 produtos infantis com registro oficial no Brasil. “Infelizmente, muitos contêm ingredientes que fazem mal à pele, porém eles estão disfarçados nos produtos que usamos todos os dias, sendo difícil sua identificação, pois os aromas e os corantes agradáveis distraem a atenção do consumidor”, explica o consultor. Veja alguns ingredientes perigosos:
 
Uréia: é um dos hidratantes mais utilizados em cosméticos, tanto pela sua eficácia, quanto pelo seu baixo preço. Mas ela deve ser evitada por mulheres grávidas, pois penetra profundamente na pele e tem até mesmo a capacidade de atravessar a placenta, podendo chegar até o feto em formação.
 
Parabenos: conforme estudo realizado na Universidade de Reading, os conservantes parabenos se comportam como se fossem o estrogênio, um hormônio feminino. Quando usados em cosméticos destinados à aplicação na área axilar (como desodorantes), há a hipótese de que podem provocar o aumento da incidência de câncer de mama. Os parabenos podem ser identificados com diversas nomenclaturas: Parabens, Methylparaben, Ethylparaben, Propylparaben e Butylparaben.
 
Conservantes Liberadores de Formol: o formol faz muito mal para a pele, mas o que a maioria das pessoas não sabe é que muitos cosméticos utilizam na formulação alguns tipos de conservantes que produzem e liberam formol. Um estudo realizado no Departamento de Dermatologia da Universidade de Debrecen, na Hungria, revelou que esta substância pode contribuir para o aparecimento de câncer induzido pela radiação ultravioleta do sol. Proteja-se  procurando nas embalagens as substâncias: quatérnium-15, diazolidinil hora, imidazolidinil uréia e DMDM hidantoína.
 
Propilenoglicol: é utilizado como diluente de outras substâncias. Um estudo realizado com 45.138 pacientes na Universidade de Göttingen, Alemanha, confirmou seu potencial sensibilizante (para causar alergias). Para saber se o produto cosmético o contém na composição, verifique a palavra propylene glycol na embalagem.
 
Óleo Mineral e Outros Derivados do Petróleo: estão presentes na maioria dos cosméticos, devido a sua propriedade hidratante da pele. Entretanto, estudos recentes vêm associando esses componentes ao aumento da mortalidade por diversos tipos de câncer, como o de pulmão, esôfago, estômago, linfoma e leucemia. Isso se deve devido à presença de um composto chamado 1,4-dioxano, uma substância cancerígena, como relata estudos publicados nos periódicos “American Journal of Industrial Medicine” (Departamento de Epidemiologia, Escola de Saúde Pública, Los Angeles, CA outubro de 2005).
 
Corantes Artificiais e Essências Alergênicas: segundo estudo realizado pela Comissão Européia de Empresas e Indústrias Farmacêuticas, os corantes e as essências podem causar alergias na pele. 
 
Lanolina, Ácido Sórbico e Bronopol: a Comissão Européia de Empresas e Indústrias Farmacêuticas classifica vários componentes usados em formulações cosméticas como alergênicos (causadores de alergia) para a pele. Entre eles, é relevante citar a lanolina, uma substância obtida da lã do carneiro e comumente usada em cosméticos como hidratante, podendo causar alergias na pele. Nos rótulos das embalagens, a lanolina é encontrada como lanolin. Outros componentes são o ácido sórbico, encontrado nos rótulos como sorbic acid e o bronopol, encontrado com o mesmo nome.

por Redação (Cabeleireiros.com)

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