sábado, 17 de março de 2012

Os novos tratamentos que ajudam a alisar ou amenizar o volume do cabelo

Foto: Claudio Vaz / Agencia RBS
Depois do "botox para cabelo" é a vez da "lipo capilar"

Há alguns anos, o que não faltavam eram novos tratamentos milagrosos que prometiam dar fim aos cachos rebeldes e volumosos. Em seguida, a palavra do momento era formol. O princípio ativo de grande parte das antigas escovas progressivas tinha cheiro forte, causou inúmeros desmaios e era intoxicante — tanto que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu qualquer alisante de cabelo com mais de 0,2% da solução. Mesmo com a proibição, as mulheres não desistiram da cabeleira lisa e as empresas deram um jeito de adaptar as fórmulas.

Entre os novos tratamentos está a plástica capilar. Feito especialmente para o cabelo da brasileira, que é mais fino e cacheado, ela contém hidróxido de amônia, que transforma o córtex do fio e, por isso, tem efeito definitivo.

— O diferencial da plástica é que podemos regular o quão liso o cabelo fica — o produto alisa de 40% a 100%. Avaliando o fio, o cabeleireiro decide o pH ideal e o tempo de exposição, e pode fazer o cabelo superliso ou o natural com ondas — explica a cabeleireira Clarice Santiago.

É preciso ter cuidado com as químicas usadas anteriormente, e o procedimento, que dura cerca de uma hora, só precisa de retoque quando a raiz crescer, uma vez que a estrutura do fio é transformada de vez.

Para aquelas que sempre sonharam com o cabelo liso e brilhoso das japonesas, o Tratamento Termo Permanente, o TTP, é uma boa escolha. À base de hidróxido de amônia, deixa os fios lisos, cheios de brilho e sedosos.

— E funciona em qualquer tipo de cabelo, até os mais cacheados ficam escorridos — conta a cabeleireira Lucineide Melo.

Antes de aplicar o produto, é feito um teste em uma mecha para descartar alergias ou quebra do fio por conta da química. Loiras descoloridas com água oxigenadas precisam de atenção redobrada.

— O resultado depende muito da situação do cabelo, se estiver maltratado antes do procedimento, não fica tão bom — afirma Lucineide.

Também com amônia e de resultado prolongado, existe o tratamento Xtenso.

— É bem prático para quem quer lavar o cabelo e deixar secar. O resultado fica bem natural — afirma o cabeleireiro Ismael Andrade.

O produto alisa a fibra do fio e, ao mesmo tempo, hidrata, devolve a vitalidade e o brilho à cabeleira, além de permitir a coloração, tornando-se uma opção para quem precisa pintar os cabelos. O Xtenso alisa de cabelos ondulados aos bem cacheados. Ismael conta que os mais crespos precisam de outro tratamento, mais forte.

Mas nem todas as mulheres sonham em ter o cabelo superliso. Algumas querem só amenizar o volume e a ideia de ter o cabelo transformado permanentemente assusta. A modelagem redutora, por exemplo, não tem formol ou amônia, e é à base de aminoácidos.

— O cabelo já tem alguns aminoácidos, mas, em contato com o produto, absorve mais e o peso molecular aumenta. Mais pesado, o volume é obrigado a diminuir — esclarece a cabeleireira Sueli Maeda. Os cabelos danificados são reconstruídos, ganham brilho e ficam mais fáceis de modelar — os resultados podem não ser tão visíveis em quem tem os fios grossos. E, sim, esse procedimento não é eterno. É preciso retocar 30 a 40 dias depois da aplicação.

A lipo dos fios, também à base de aminoácidos, funciona como as antigas progressivas com formol.

— Alisa até 80%, mas o objetivo principal é hidratar, levar brilho e naturalidade aos cabelos já tratados quimicamente. Tira aquele efeito de alisado que as pessoas tanto temem — explica Clarice Santiago.

Algumas das vantagens do procedimento é que funciona em cabelos com química, tira o arrepiado e dura de três a quatro meses.

Os profissionais citados nesta reportagem são de Brasília.

por CORREIO BRAZILIENSE

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