Mercado já oferece diversas opções de cosméticos que não apresentam o
conservante em sua formulação e, por isso, diminuem consideravelmente as
chances de alergias Foto: Shutterstock |
Com propriedades antissépticas poderosas, o álcool cetílico - figurinha
carimbada das formulações de diversos produtos da indústria cosmética -
pode ser um grande inimigo da pele. Isso porque é capaz de remover a
camada de gordura que protege o tecido cutâneo, ressecar profundamente a
pele e ainda provocar ferimentos e dermatites de contato (alergias) se
for utilizado em concentrações inadequadas.
Geralmente empregado para inibir o crescimento de micro-organismos
(fungos e bactérias) e dar mais consistência a tônicos, cremes,
emulsões, perfumes, loções pós-barba, xampus e condicionadores, o álcool
- quando usado acima do limite permitido pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) - facilita também a evaporação da água
pelos poros, deixando o caminho livre para o acúmulo de impurezas e
potencializando o aspecto ressecado da cútis.
“Com a umidade da pele abaixo dos níveis normais (20% a 35%), as
camadas da derme entram em desequilíbrio, tornando a reposição de
líquido ainda mais difícil”, afirma Jakelyne Evangelista, fisioterapeuta
dermato-funcional da clinica Spapelle, de São Paulo. Como consequência,
pode haver o desencadeamento de diversos sintomas, como prurido,
queimação, sensação de estiramento, aspereza ao toque e até aumento de
rugas e linhas de expressão.
Uma boa dica para fugir dessas desagradáveis surpresas ao usar qualquer
produto rico em álcool é estar sempre atento em relação à concentração
do ativo, pois cada tipo de cosmético apresenta um limite específico
permitido pela ANVISA. “Os níveis de concentrações do álcool cetílico
variam de acordo com o tipo de veículo usado (cremes/loções/xampus) e
também com a área a ser tratada (rosto/corpo/cabelos), o tipo de pele
(oleosa/mista/seca) e o fototipo (colorações de pele)”, explica Fernando
Passos de Freitas, dermatologista, especialista em Medicina Estética
pela InternationaI Association of Aesthetic Medicine (AAM /ASIME).
Efeitos colaterais, o que fazer?
Efeitos colaterais, o que fazer?
Como não há um único nível de concentração de álcool seguro que garanta
a segurança de todos os usuários, o contato direto da pele com a
substância pode desencadear efeitos colaterais, como o ressecamento da
cútis e as dermatites em pessoas sensíveis à fórmula. Por isso, em casos
de alergia ou irritação, o uso tópico do ativo deverá ser descontinuado
imediatamente. Além disso, vale a pena uma consulta ao dermatologista
para averiguar as possíveis lesões e encontrar uma alternativa ao
produto utilizado.
Sem álcool
Para quem não deseja recorrer às propriedades do álcool, o mercado já
oferece diversas opções de cosméticos que não apresentam o conservante
em sua formulação e, por isso, diminuem consideravelmente as chances de
alergias. “O único problema é que esse tipo de item, em geral, tende a
durar menos tempo que os convencionais”, lembra Fernando.
por Agência Hélice com Portal Terra (www.beleza.terra.com.br)
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